Ozzy Osbourne: o pai do caos

Joao Ribeiro • 23 de julho de 2025

Para quem cresceu entre riffs pesados e sonhos fora do padrão, Ozzy Osbourne sempre foi mais que um ícone do rock, se tornando um guia para os desajustados. Sua voz arranhada, sua postura imprevisível e seu desprezo pelas regras abriram caminhos para todos que queriam ser grandes sem se encaixar. Não foi só sobre música; foi sobre liberdade. E essa liberdade, com o tempo, virou influência que atravessou o metal, o rock, o pop, o rap e a cultura como um todo. 


Ozzy ensinou que era possível transformar dor e caos em arte. Que os limites da sanidade eram, às vezes, onde nasciam as ideias mais geniais. Para quem viu nele um espelho, sua transgressão virou linguagem. O rock sujo e visceral do Black Sabbath contaminou a estética de artistas do punk, do hard rock e até do mainstream mais reluzente, como um lembrete de que o desconforto pode ser belo. 


Hoje, não é exagero dizer que Ozzy habita as batidas de Kendrick Lamar quando ele rasga feridas sociais em versos cravados de verdade, ou nos visuais de Travis Scott, que misturam distorção, psicodelia e caos. O próprio Post Malone não só reverencia a estética do rock em seu som como fez uma das parcerias mais improváveis e históricas com Ozzy, na faixa Take What You Want, em 2019. Um encontro de gerações e gêneros, como se o príncipe das trevas soprasse vida nova no rap do século XXI. 


Ozzy colaborou ainda com nomes como DMX e Tech N9ne, provando que sua influência não é só indireta. Seu legado está na forma como artistas falam abertamente sobre vícios, perdas e dualidades, rompendo tabus com a mesma coragem que ele teve ao morder morcegos em cima do palco ou expor sua fragilidade na TV diante do mundo. 


A herança de Ozzy não está apenas em álbuns ou frases de efeito: está na atitude. Na cultura pop que hoje celebra o estranho, o fora do eixo, o que era considerado erro. O roqueiro que foi marginalizado nos anos 70 é o mesmo que abriu caminho para o hip hop gritar as dores das ruas, para o pop abraçar a esquisitice, e para milhões se reconhecerem nas sombras. Porque, no fim das contas, Ozzy nos ensinou que o inferno pode ser belo, se a gente souber cantar lá de dentro. 


 


Por Joao Ribeiro 25 de julho de 2025
O funkeiro MC Hariel lança hoje o álbum “Eh Noiz Ki Tá”, que chega acompanhado do primeiro vídeoclipe. O trabalho marca uma nova fase na carreira do artista e reforça seu compromisso com as origens do funk e com a valorização da cultura das periferias e ações conscientes. A campanha de divulgação já chamou atenção pelas ruas de São Paulo, onde a identidade visual do projeto foi estampada nos muros com uma técnica curiosa e criativa: ao invés de tinta ou pichação, a arte foi feita com máquina de água e stencil, limpando a parede e revelando a marca do projeto, uma ação que combina estética urbana e consciência social.  Com o novo álbum, Hariel busca homenagear as raízes e a vivência das quebradas, colocando o funk em evidência mais uma vez. O artista promete conteúdos exclusivos, ações interativas com os fãs e uma série de ativações ainda mantidas em segredo. O álbum conta com participações especiais de diversos artistas. Entre os nomes confirmados estão MC Kako, Tuto, Cabelinho, Cebezinho, J Vila, Kadu, Major RD e Ferrugem. Além deles, a cantora Ajuliacosta também foi anunciada como participação do projeto, que tem 15 faixas. Você ouve MC Hariel na Moov Fm!
Por Joao Ribeiro 23 de julho de 2025
A cena do trap vai invadir Goiânia no próximo dia 15 de agosto , com a chegada do aguardado festival Ret in City . O evento acontece no Passeio das Águas Shopping , a partir das 21h , e segue até as 7h da manhã , reunindo grandes nomes do gênero em uma noite que promete marcar o calendário musical da capital. Entre as atrações confirmadas estão Filipe Ret e Orochi , dois dos maiores ícones do trap nacional, com milhões de ouvintes e hits que embalam multidões. Também sobem ao palco Tz da Coronel , Alee e o DJ Matt D , responsável por sets que misturam batidas envolventes e muito flow, criando a trilha sonora perfeita para a festa. Com uma proposta ousada e voltada ao público jovem, o festival é realizado pela Impulso Mix em parceria com a Surreal , e pretende proporcionar uma experiência completa de imersão no universo do trap, com estrutura de ponta, som de qualidade e muita atitude. Os ingressos já estão à venda no site Meu Bilhete , além das lojas físicas Guifrii e New Era Stand no Shopping Flamboyant. A expectativa é de casa cheia, com fãs vindos de várias partes do estado. Com uma seleção de artistas que refletem a força do trap na música urbana contemporânea, o Ret in City promete uma madrugada inesquecível de rimas afiadas, batidas pulsantes e conexão direta com as ruas. A Moov Fm é a rádio oficial do rolê, e vamos presentear nossos ouvintes com o bonus de 20%. Use o código moov20 e aproveite! Segue o beat!
Por Joao Ribeiro 22 de julho de 2025
De 24 a 27 de julho, Goiânia recebe a 11ª edição do DIGO – Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás, que este ano acontece no Centro Audiovisual de Goiânia (CAUD-MI/FUNAI). Com entrada gratuita e ingressos disponíveis via Sympla, o festival reafirma seu papel como espaço essencial para a valorização de narrativas LGBTQIA+ no audiovisual brasileiro e internacional — e, desta vez, com um desafio a mais: a realização de forma totalmente independente. A curadoria do DIGO 2025 traz uma seleção de filmes que abordam, com sensibilidade e força, temas urgentes como identidade de gênero, juventudes LGBTQIA+, violência, afetos, vivências trans, indígenas e periféricas, entre outros. Um dos destaques desta edição é a Mostra DIGO Libras, composta por produções realizadas por pessoas surdas e protagonizadas em Língua Brasileira de Sinais, ampliando o compromisso do festival com a acessibilidade e a representatividade. Além das exibições, o evento propõe um mergulho nas discussões que atravessam o fazer cinematográfico e os direitos humanos, com mesas e bate-papos que abordam temas como a presença de jovens indígenas LGBTI+ no audiovisual, a necessidade de protocolos antidiscriminatórios na justiça e os caminhos para internacionalização do cinema goiano. A programação inclui também espetáculos e palestras, como a aguardada “Cinema Goiano em Cannes”, que além do debate, promoverá sorteio de cestas básicas para o público presente. Para o idealizador do festival, Cristiano Sousa, realizar o DIGO sem apoio institucional representa um grande desafio, mas também um sinal de resistência. “Falar sobre diversidade no Brasil ainda é um ato de coragem. Vivemos em uma sociedade que, muitas vezes, silencia ou evita esses temas, por preconceito ou intolerância. Por isso, manter esse espaço é essencial”, afirma. O impacto da iniciativa vai além das telas. O DIGO promove não apenas visibilidade para artistas e histórias LGBTQIA+, mas também um encontro entre arte, militância e formação crítica. Para quem quiser conferir tudo de perto, a programação completa está abaixo: 📅 PROGRAMAÇÃO COMPLETA – DIGO 2025 📍 Local: Centro Audiovisual de Goiânia (CAUD-MI/FUNAI) 📍 Endereço: Alameda Leopoldo de Bulhões, Rua L-1, 4 - s/n quadra 3 - Setor Pedro Ludovico, Goiânia - GO Quinta-feira (24/07) 15h – Filhas da Noite Direção: Henrique Arruda e Sylara Silvério (Brasil) – 109’, 2024 19h – Abertura Oficial + Mostra Nacional Competitiva Exibição do filme Retomada, de Henrique Souza (RJ) – 23'58", 2024 Bate-papo: Resistência e Identidade – A Voz das Jovens LGBTI+ Indígenas na Preservação de Suas Raízes e o Audiovisual 20h – Mostra Competitiva Internacional Sexta-feira (25/07) 15h – Circo, de Lamia Chraibi (Canadá) – 88’, 2024 17h – Mostra Nacional Competitiva I 19h – Mostra Nacional Competitiva II 21h – Lo que escribimos juntos, de Nicolás Teté (Argentina) – 92’, 2024 Sábado (26/07) 14h – Mostra Competitiva Karla Ariella I 15h – Transformando Goiás em Polo Cinematográfico: O Poder de uma Film Commission 15h30 – Mostra Competitiva Karla Ariella II 16h – Espetáculo O Ábaco 16h30 – Mesa: Justiça Sem Estereótipos – Novos Protocolos para Julgamentos Antidiscriminatórios 17h – Mostra Competitiva Goiás I + Bate-papo com realizadores 19h – Mostra Competitiva Goiás II + Bate-papo com realizadores 21h – 300letters, de Lucas Santa Ana (Argentina) – 90’, 2025 Domingo (27/07) 15h – Mostra Competitiva DIGO Libras Visual 16h – Palestra Cinema Goiano em Cannes: Conquistas, Desafios e Perspectivas Internacionais + Sorteio de cestas básicas 17h – Queens in Finistère, de Vanessa Le Reste (França) – 63’, 2024 20h – Premiação DIGO 2025  🎟️ SERVIÇO Evento: 11ª edição do DIGO – Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás Quando: De 24 a 27 de julho de 2025 Onde: Centro Audiovisual de Goiânia (CAUD-MI/FUNAI) Ingressos gratuitos: Disponíveis via Sympla Mais informações: Instagram @digofestival ou site oficial do festival
Por Joao Ribeiro 22 de julho de 2025
Tyler, The Creator está de volta com DON’T TAP THE GLASS, novo álbum lançado nesta segunda-feira (21) que marca o início de uma nova fase em sua carreira. O projeto chega após o sucesso global de CHROMAKOPIA em 2024 e apresenta 10 faixas inéditas com forte influência do hip-hop clássico dos anos 80 e 90, unindo batidas marcantes e a estética provocativa que consagrou o artista. O disco já está disponível nas plataformas digitais e traz destaques como os singles “Big Poe” e “Don’t Tap That Glass”. Outro momento de destaque é o videoclipe de “STOP PLAYING WITH ME”, lançado no YouTube com participações especiais de LeBron James, Maverick Carter e a dupla Clipse. Segundo Tyler, o álbum é um convite ao movimento: “qualquer tipo de movimento é recomendado para entender o espírito desse disco”. Nas redes sociais, o lançamento movimentou a internet: a hashtag #Tyler ficou entre os assuntos mais comentados do X no Brasil. Como parte da divulgação, Tyler lançou uma ação interativa em parceria com a META, que permite aos fãs desbloquearem um vídeo exclusivo ao usarem um “código secreto” em seus posts. A estratégia tem gerado engajamento orgânico e ampliado ainda mais a repercussão do projeto. Confira o vídeoclipe: 
Por Joao Ribeiro 21 de julho de 2025
O Centro de Valorização da Mulher (CEVAM), em Goiânia, acaba de receber uma intervenção artística que vai além da estética: trata-se do projeto “Mulheres em Tons Vivos”, idealizado pela artista urbana Thai Junger , que revitalizou a fachada da instituição com um mural de graffiti que ultrapassa 100m². A obra, que inicialmente seria de 55m², foi ampliada para abranger toda a entrada da entidade, que estava deteriorada, reforçando a importância do acolhimento e da visibilidade às mulheres em situação de vulnerabilidade. Com traços marcantes e cores vibrantes, o mural retrata mulheres de diferentes etnias, idades e corpos, reforçando a mensagem de diversidade, empoderamento e pertencimento. O graffiti, linguagem escolhida por carregar a simbologia da resistência e da ocupação de espaços urbanos, transforma-se em uma ferramenta de identidade, afeto e cura dentro de um local que acolhe mulheres vítimas de violência. Além disso, uma das internas do CEVAM participou ativamente da pintura, fortalecendo a conexão entre arte e transformação social. O projeto se estende para além dos muros da instituição. Uma oficina de graffiti está sendo realizada com jovens da Escola Municipal Paulo Teixeira de Mendonça, no Setor Negrão de Lima, ampliando o impacto da iniciativa. A proposta é estimular a criatividade de adolescentes da periferia por meio da arte urbana, incentivando novas formas de expressão e cidadania. Realizado com equipe majoritariamente feminina e contemplado pelo Edital 13 - Ocupa Goiás - da Política Nacional Aldir Blanc de 2024, o projeto também chama atenção para a necessidade de apoio ao CEVAM, que sobrevive por meio de doações. “É essencial que mais pessoas e iniciativas ajudem o CEVAM, que é a principal instituição do Estado apta a acolher essas mulheres”, afirma Thai Junger. Conheça mais sobre o trabalho da artista pelo Instagram @jungerthai .
Por Joao Ribeiro 18 de julho de 2025
Prepare os ouvidos e o coração: o Boogarins tá de volta em casa! Hoje a banda goiana que conquistou o mundo com seu som psicodélico e visceral faz um show especial no lendário Martim Cererê, em Goiânia, pra lançar oficialmente seu novo álbum, Bacuri. O rolê começa às 20h, com ingressos disponíveis na Bilheteria Digital. E olha, não é só mais um show, é um mergulho profundo na nova fase da banda, agora mais madura, intensa e cheia de camadas. Lançado em dezembro de 2024, Bacuri marca o retorno do quarteto após cinco anos sem álbum inédito. O disco foi todo gravado de forma independente, na casa dos próprios músicos em SP, com produção afiada assinada por eles mesmos junto com a engenheira de som Alejandra Luciani. O nome Bacuri remete à fruta amazônica, mas também carrega aquele gostinho agridoce da infância, uma metáfora pro momento atual dos caras, que agora equilibram a paternidade, os palcos e a poesia existencial. São 10 faixas que viajam entre o sensível e o pulsante, e renderam ao grupo o prêmio APCA de Show do Ano com uma turnê de arrepiar. Pra quem já viu o Boogarins ao vivo, sabe: é transe, é catarse, é conexão. E pra quem nunca viu, tá aí a chance perfeita de sentir tudo isso no palco que viu essa história começar. Boogarins - Show de lançamento do álbum "Bacuri" 📅 Sexta-feira | 18 de julho 🕗 A partir das 20h 📍 Centro Cultural Martim Cererê – Goiânia/GO
Por Joao Ribeiro 17 de julho de 2025
Reconhecido como o "Tubarão do Eletrofunk", DJ Tubas é uma das maiores referências da cena musical goiana, destacando-se por seu trabalho como produtor musical, e um dos ícones do eletrofunk, também chamado de funk goiano. Com raízes profundas na cultura urbana de Goiás, Tubas vem ganhando cada vez mais destaque nacional com projetos como o álbum "Goiás, o Centro do Universo", que celebra a identidade regional e reúne nomes importantes do cenário local e nacional. Ao lado dele está Hungria Hip Hop, nome artístico de Gustavo da Hungria Neves, uma das vozes mais fortes da música jovem brasileira. Natural de Ceilândia, Distrito Federal, Hungria se consolidou no topo das paradas graças a letras que falam sobre amor, superação e a vida na periferia, conquistando uma legião fiel de fãs e colaborando com grandes nomes do rap e da música popular. Juntos, DJ Tubas e Hungria lançam a faixa "Jogadinha no Asfalto - Eletrorap", uma parceria que une o melhor do som automotivo e da batida eletrônica do funk goiano com a lírica urbana do rap. A música, que também conta com participações de MC Madimbu, Tomas, Patrick DJ, Rick Rastro e produção de Damaso, representa uma verdadeira celebração da cultura das ruas, mostrando a força e a diversidade da música nacional. "Jogadinha no Asfalto" já começa a ganhar espaço nas plataformas digitais e promete conquistar fãs de eletrofunk, rap e amantes da cultura urbana de todo o país. Confira : 
Por Joao Ribeiro 17 de julho de 2025
O Shiva alt-bar, um dos espaços mais emblemáticos da cena cultural goianiense, completa 10 anos de história e comemora em grande estilo neste fim de semana. Nos dias 19 e 20 de julho , sábado e domingo, a casa promove uma verdadeira maratona musical com shows nacionais, atrações locais e discotecagens, em um formato especial que ocupa também a rua. No sábado (19), o destaque é o show Apocalíptico , do cantor Otto , que retorna a Goiânia com um repertório que passeia por clássicos, lados B e faixas de seus últimos trabalhos. A noite ainda conta com a banda Muntchako , de Brasília, que mistura ritmos latinos, africanos, caribenhos e amazônicos em uma sonoridade única, além dos irreverentes Rollin Chamas , representantes do caos musical goiano, e a explosiva discotecagem do coletivo Piranhão , que traz brega, piseiro e tecnobrega pra pista. Já no domingo (20), quem comanda o palco principal é o mestre Di Melo , celebrando os 50 anos de seu icônico disco de estreia , lançado em 1975 — um verdadeiro tesouro da música negra brasileira. Dividindo o line-up, os Heróis de Botequim garantem o samba no pé com a energia típica dos carnavais de rua goianienses, enquanto o encerramento fica por conta do DJ set especial de Fernando Almeida (Dinho) , vocalista da banda Boogarins.  Os ingressos estão à venda pela plataforma Shotgun , com preços a partir de R$ 60 (2º lote). A programação começa sempre às 16h e promete ser histórica. Serviço Evento: Shiva 10 Anos apresenta Otto e Di Melo Datas: 19 e 20 de julho (sábado e domingo) Horário: a partir das 16h Local: Alameda das Rosas, 1371 - Setor Oeste, Goiânia-GO Ingressos: à venda pelo Shotgun Instagram: @shiva.altbar
Por Joao Ribeiro 16 de julho de 2025
Quando a animação “Guerreiras do K-Pop” estreou, poucos imaginavam que um grupo fictício pudesse alcançar o que artistas reais demoram anos para conquistar. Mas foi exatamente isso que o trio HUNTR/X, formado pelas personagens Rumi, Mira e Zoe, conseguiu: a faixa “GOLDEN” entrou para o Top 10 do Hot 100 da Billboard, quebrando um jejum de 16 anos desde o feito de Hannah Montana em 2009. Trata-se de uma vitória histórica não só para a música, mas para o entretenimento como um todo. Mais do que uma trilha sonora marcante, “GOLDEN” reflete o cruzamento entre cultura pop, tecnologia e narrativas bem construídas. A música, produzida em colaboração com estrelas reais do K-pop como integrantes do TWICE, mostra que o poder de mobilização dos fãs ultrapassa a fronteira entre realidade e ficção. O resultado é um sucesso orgânico, embalado por coreografias milimetricamente animadas, estética de videoclipe e refrões explosivos que viralizam em redes como TikTok e Instagram.  Mas o sucesso de HUNTR/X vai além dos números. A proposta narrativa de “Guerreiras do K-Pop” é ousada: uma girlband que, além de conquistar os palcos, também enfrenta forças sobrenaturais para proteger uma dimensão mágica chamada Honmoon. É o encontro entre Sailor Moon, BLACKPINK e Stranger Things, e o público comprou essa ideia. A série mistura fantasia, empoderamento feminino e alta produção, se tornando um novo parâmetro para animações híbridas. Com a ascensão meteórica de HUNTR/X, a indústria do entretenimento ganha um novo modelo de sucesso: grupos virtuais capazes de rivalizar com ídolos reais. O que antes era visto como experimento de nicho, como Gorillaz, Hatsune Miku ou até Hannah Montana, agora se consolida como potência mainstream. E tudo indica que essa revolução virtual ainda está só começando.
16 de julho de 2025
Em julho de 2025, a banda goiana Zelena lança seu aguardado primeiro EP, "Livro dos Mortos", uma coletânea intensa que consolida os dois primeiros anos de estrada do grupo. Com quatro faixas autorais, o trabalho apresenta um heavy metal vigoroso, com influências do thrash e do crossover, em um som direto, pesado e sem concessões. Formada majoritariamente por mulheres, a Zelena é liderada por uma das guitarristas mais experientes da cena local, com mais de duas décadas dedicadas à música. O nome da banda é inspirado na personagem da série Once Upon a Time — uma releitura da bruxa má do oeste — evocando o poder feminino e o misticismo como marca estética e simbólica do grupo. O EP não segue um conceito temático fechado, mas carrega o DNA da banda: letras afiadas, riffs pesados e a energia de quem forjou sua identidade em ensaios, palcos e vivências cotidianas. A faixa-título, “Livro dos Mortos”, é a mais elaborada do projeto e dá nome ao lançamento por sintetizar o ápice criativo da banda, tanto liricamente quanto musicalmente. Gravado de forma independente com produção de Henry Wright (vocalista das bandas América Boulevard e Sunroad), o EP será lançado no dia 13 de julho nas plataformas Spotify e YouTube Music. Sem show de estreia previsto, a divulgação será feita pelas redes sociais da banda, mantendo o caráter direto e orgânico do projeto. A trajetória da Zelena também carrega a relevância histórica de sua guitarrista, que integrou diversas bandas compostas por mulheres ao longo dos anos. “Sempre fiz parte de bandas majoritariamente femininas. Isso me inspira até hoje, porque representa resistência e pertencimento em um meio historicamente masculino”, afirma a artista.  Em tempos de reconfiguração das cenas locais e afirmação de novos discursos no metal, o EP "Livro dos Mortos" surge como um registro fiel da sonoridade, atitude e propósito da Zelena — uma banda que mantém vivo o peso do som e a força de sua identidade.
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