Bad Bunny lança “Alambre Puá”

O cantor e compositor porto-riquenho Bad Bunny surpreendeu o mundo nesta segunda-feira (14), ao lançar, sem aviso prévio, a faixa “Alambre Puá”, canção até então inédita que abriu os primeiros três shows da sua aguardada residência “No Me Quiero Ir de Aquí”, realizada exclusivamente em Porto Rico. O novo projeto musical e performático do artista é mais uma prova de que ele continua reinventando sua arte e expandindo os limites do reggaeton e da música latina.
Uma estreia poderosa e cheia de significado
“Alambre Puá”, que pode ser traduzido como arame farpado, é uma música densa, com camadas sonoras que misturam batidas eletrônicas sombrias, percussões urbanas e um flow introspectivo que já se tornou marca registrada do artista. Com produção primorosa e versos que abordam temas como opressão, resistência, identidade e pertencimento, a canção carrega um forte simbolismo — especialmente ao estrear em um momento tão especial da carreira do astro: a residência em sua terra natal.
A faixa estreou simultaneamente com um videoclipe impactante, onde uma mulher dança em um cenário que remete aos palcos da turnê, entre cercas metálicas e luzes pulsantes. A estética visual reforça o clima de tensão e liberdade contido na canção, e dialoga diretamente com a proposta artística do novo show.
“No Me Quiero Ir de Aquí”: Bad Bunny firma raízes em solo porto-riquenho
A residência “No Me Quiero Ir de Aquí” — que em português significa “Não quero sair daqui” — representa um momento intimista e ao mesmo tempo épico na trajetória de Benito Antonio Martínez Ocasio, nome verdadeiro do cantor. Serão 30 apresentações exclusivas em Porto Rico, realizadas em um complexo especialmente construído para o espetáculo. Os shows marcam o reencontro entre o artista e seu público de origem, após uma série de turnês internacionais esgotadas.
Com uma cenografia que mistura futurismo, urbanidade e elementos caribenhos, a série de apresentações vai além de um show musical: trata-se de uma experiência imersiva que reforça a conexão de Bad Bunny com seu país, sua cultura e sua comunidade. Em entrevistas recentes, o cantor afirmou que o projeto é “uma carta de amor a Porto Rico” e que ele queria “criar algo inesquecível para seu povo”.
Lançamento surpresa movimenta fãs e plataformas digitais
Como já virou tradição em sua carreira, o lançamento de “Alambre Puá” foi feito de forma totalmente inesperada, sem teasers, anúncios ou campanhas promocionais, uma estratégia que tem dado certo com o artista, que costuma confiar no impacto orgânico do seu trabalho e na força de sua base de fãs.
Minutos após o lançamento, a música já figurava entre as mais ouvidas em plataformas, além de liderar os trending topics do Twitter e causar comoção entre fãs no TikTok, onde trechos do videoclipe começaram a ser replicados em danças e remixes.
Depois da residência, Brasil no radar: turnê mundial em 2026
E se os fãs porto-riquenhos estão vivendo um momento único, os brasileiros também têm motivos para comemorar. Após o encerramento da residência em Porto Rico, Bad Bunny se prepara para embarcar na turnê mundial “Debí Tirar Más Fotos World Tour”, com passagem confirmada pelo Brasil em fevereiro de 2026.
Ainda sem datas e locais oficialmente divulgados, a turnê deve incluir shows em grandes arenas e festivais do país, com expectativa de ingressos esgotados em poucas horas, como aconteceu nas visitas anteriores do cantor ao continente sul-americano.
A nova turnê promete resgatar sucessos dos últimos álbuns, como “Un Verano Sin Ti”, “Nadie Sabe Lo Que Va a Pasar Mañana” e também deve incluir “Alambre Puá” e outras canções inéditas que fazem parte do repertório mais recente da residência.
Um fenômeno da cultura pop global
Com mais de 150 milhões de ouvintes mensais nas plataformas digitais, Bad Bunny se tornou o artista latino mais bem-sucedido da atualidade e um dos maiores nomes da música global. Suas composições transbordam autenticidade e frequentemente abordam temas como masculinidade, desigualdade social, identidade de gênero, vida urbana e resistência cultural, algo que lhe rende respeito não só como artista, mas como símbolo de uma geração que busca mais representatividade e liberdade de expressão.
Além da música, ele já transitou por diversas áreas, como a moda (sendo capa da Vogue e parceiro da Adidas e Gucci), a luta livre (com participações no WWE) e até o cinema (atuando em “Trem-Bala”, com Brad Pitt). Sua imagem é cuidadosamente construída, mas jamais artificial: Bad Bunny representa a quebra de padrões e a afirmação da arte como espaço político e transformador.








